FONTES DE ALIMENTAÇÃO I
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Eletrônica digital IIIA - Conversor analógico digital Conforme dito na página anterior, a conversão e uma grandeza analógica em digital é mais complexa do que o procedimento inverso. Nesta página são descritos alguns tipos de conversores. Certamente não são todos os possíveis e outros poderão ser incluídos em futuras atualizações. 1-) Blocos lógicos elementares Abaixo tabelas para consulta:
2-) Conversor tipo paralelo É provavelmente a forma mais simples e direta de conversão. A Figura 2.1 dá o diagrama básico para saída em três dígitos binários. Considerando a entrada anterior (C1 a C7 = 0001111), temos as saídas X1 a X7 = 0010000. Portanto, um nível de tensão na entrada analógica é convertido em uma única saída 1 nos blocos X1 a X7. Se a entrada analógica é nula (ou melhor, menor que 0,6 V neste caso), todas as saídas X serão nulas e, portanto, as saídas digitais ABC também serão nulas (devido a esta situação particular, são usados 7 comparadores e 7 portas XOR e não 8). 3-) Conversor tipo rampa digital Este conversor usa um artifício comum a vários outros tipos: conforme Figura 3.1, a saída de um contador (de 4 bits neste exemplo) é ligada na entrada de um conversor digital analógico. No momento em que Vcon se torna maior que Ea, a saída do comparador passa para 0, bloqueando os pulsos de clock e, portanto, a contagem. Desde que a saída do comparador também vai para a entrada de clock dos flip-flops (tipo mestre-escravo), o valor digital da saída do contador é armazenado nos mesmos (lembrar que flip-flops tipo mestre-escravo só permitem a mudança de estado na transição de 1 para 0 do clock). Portanto, a saída digital armazenada nos flip-flops tem relação linear com a entrada analógica Ea desde que, é claro, ela esteja dentro da faixa 0-Vmax. 4-) Conversor tipo rastreamento Usa o mesmo princípio básico do tipo anterior, mas o arranjo é mais elaborado, resultando em um circuito mais simples. Enquanto a entrada analógica Ea é maior que Vcon, a saída do comparador é 1 e o contador opera de modo crescente. Quando Vcon se torna maior que Ea, a saída do comparador vai para 0 e o contador opera de forma decrescente. Isto leva Vcon para um valor imediatamente abaixo de Ea, invertendo o processo. Assim, considerando Ea constante, o contador opera continuamente entre dois valores próximos de Ea, não havendo necessidade dos flip-flops de armazenamento. Se o valor de Ea muda, o patamar de operação também muda. |
Eletrônica digital III Conversor digital para analógico 1-) Blocos lógicos elementares A tabela abaixo dá o resumo dos blocos elementares para fins de consulta.
A função NÃO antes ou depois de outro bloco lógico é representada por um pequeno círculo junto da entrada ou saída. Veja as linhas seguintes. A função OU exclusivo é considerada elementar embora seja, em circuitos práticos, implementada com o uso das anteriores. 2-) Introdução aos conversores Na Eletrônica Digital, conversores são circuitos que transformam grandezas analógicas em digitais ou vice-versa. Isto é uma necessidade imposta pela prática. Em muitos casos, há grandezas analógicas que precisam ser convertidas em digitais, como, por exemplo, a saída de tensão de um sensor de temperatura de um termômetro digital. Em outros casos, a operação inversa é usada. As Figuras 2.1 e 2.2 dão os diagramas de blocos básicos dos conversores analógico-digitais (AD) e digital-analógicos (DA). Em alguns casos, a entrada e saída são analógicas e uma configuração como a indicada na Figura 2.3 pode ser aplicada. 3-) Somador com amplificador operacional Embora um conversor digital-analógico possa ser implementado apenas com resistores e diodos, é mais comum o uso do amplificador operacional para proporcionar tensões de saída em níveis razoáveis, evitando valores muito baixos que ocorrem no caso de resistores e diodos. 4-) Conversor digital-analógico tipo R-2nR As entradas Va, Vb, Vc e Vd são as entradas digitais do conversor, correspondendo Va ao bit mais significativo. O circuito da Figura 4.1 é o mesmo somador do tópico anterior, acrescido de uma entrada para formar um conversor de 4 dígitos binários (4 bits).
Adaptando a igualdade #III.1# do tópico anterior para o circuito da Figura 4.1, isto é, adicionando uma entrada, temos: Vs = -Rr [ (Va/R) + (Vb/2R) + (Vc/4R) + (Vd/8R) ] ou 5-) Conversor digital-analógico tipo R-2R O conversor do tópico anterior apresenta uma desvantagem de implementação: há necessidade de várias resistências com valores múltiplos de potências inteiras de 2. Considerando que, em geral, o número mínimo de bits com que se trabalha é oito, a resistência da entrada do dígito menos significativo deve ser 256 vezes a do mais significativo. Tanta diferença pode levar a correntes fora da faixa de operação dos circuitos. Além, é claro, da necessidade de resistores com valores especiais. Mas se pode imaginar usar apenas resistores de valor R e fazer séries destes para os demais. Neste caso, o número deles seria consideravelmente aumentado. O circuito equivalente para a entrada é dado na Figura 5.2: a tensão de entrada para o amplificador operacional pode ser considerada a tensão entre o ponto P e a massa. Na análise, consideramos V a tensão do nível lógico 1. Para a situação 0000 (Va = Vb = Vc = Vd = 0), temos naturalmente tensão nula na entrada e saída também nula. Simplificando o circuito por associações sucessivas de resistências em paralelo e em série, pode-se deduzir que a resistência entre o ponto Z e a massa é R. Assim, a tensão Vzo = V/3. A resistência entre o ponto Y e o ponto O é R e, portanto, a tensão Vyo = Vzo/3 = V/6. De forma análoga pode-se concluir que Vxo = Vyo/2 = V/12 e Vpo = Vxo/2 = v/24. A Figura 5.4 dá o diagrama equivalente para a situação 0010 (Va = 0, Vb = 0, Vc = V, Vd = 0). O mesmo procedimento pode ser repetido para as demais combinações, mas dá para deduzir (e realmente ocorre) que para 0100 Vpo = V/6 e para 1000 Vpo = V/3. Para combinações com mais de um dígito 1, a tensão resultante é a soma do desmembramento. Exemplo: para 0011, Vpo é a soma do caso 0001 com o caso 0010, ou seja, Vpo = V/12 + V/24.
6-) Exemplo de circuito integrado A Figura 6.1 dá a identificação dos pinos do circuito integrado DAC7621. É um conversor digital analógico de 12 bits fabricado pela Burr-Brown, para aplicações como controle de processos, periféricos de computadores, instrumentos, etc. As entradas digitais passam antes da conversão por dois registradores temporários: registrador de entrada (Reg in) e do conversor (Reg DAC). E as entradas auxiliares (R/W, CS e LDDAC) manipulam as operações conforme Tabela 6.1 ao lado.
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Eletrônica digital IIC Contadores síncronos Esta página é continuação da anterior (exemplos de aplicações de flip-flops). 1-) Blocos lógicos elementares A tabela abaixo dá o resumo dos blocos elementares para fins de consulta.
A função NÃO antes ou depois de outro bloco lógico é representada por um pequeno círculo junto da entrada ou saída. Veja as linhas seguintes. A função OU exclusivo é considerada elementar embora seja, em circuitos práticos, implementada com o uso das anteriores. 2-) Contadores síncronos Conforme visto na página anterior, nos contadores assíncronos os flip-flops são ligados em cascata e trabalham em diferentes freqüências. Na realidade, cada um opera na metade da freqüência do anterior. Os circuitos são simples e, em princípio, pode parecer que atendem todas as necessidades. Entretanto, os circuitos práticos apresentam pequenas diferenças e variações de tempos de resposta e, assim, erros podem ocorrer com freqüências mais altas. 3-) Tabelas do flip-flop A Tabela 3.1 é a tabela de verdade do flip-flop JK, conforme matéria na página Eletrônica Digital II. Qa é o valor anterior da saída Q, antes da aplicação dos valores das entradas J e K. A mesma coisa vale para o flip-flop tipo mestre-escravo, lembrando que neste as mudanças somente ocorrem na variação (descida) de 1 para 0 dos pulsos aplicados na entrada de clock.
A partir da tabela de verdade, podemos elaborar uma tabela de transição, conforme 3.2 à direita: são listados os valores anterior e atual possíveis para a saída e os correspondentes valores que as entradas devem ter para ocorrer cada transição de Qa para Q.
4-) Tabela para um contador de década Consideramos agora que, para circuito esboço da Figura 2.1, desejamos um meio de fazê-lo contar repetidamente seqüências de 10 pulsos. Assim, as saídas S3 a S0 devem assumir valores binários de 0000 a 1001, incrementados 1 a 1 conforme Tabela 4.1.
Consideramos que a primeira linha (pulso 1) corresponde à transição deste para o pulso 2. Assim, S3 (ou Q3) vai de 0 para 0 e, conforme tabela 3.2, J3 e K3 serão respectivamente 0 e Ø. S2 e S1 também vão de 0 para 0 e, assim, os dados de J2/K2 e J1/K1 também serão 0 e Ø. S0 muda de 0 para 1. Portanto, conforme Tab 3.2, J0 e K0 serão 1 e Ø respectivamente. 5-) Diagramas para o contador A Figura 5.1 dá os diagramas para as quatro primeiras entradas de flip-flops da tabela do tópico anterior. Lembrar que o termo "entrada" se refere aos flip-flops. Na realidade, também serão saídas de circuitos combinatórios com entradas S3 S2 S1 S0 conforme já mencionado. Portanto: J3 = S2 S1 S0, K3 = S0, J2 = S1 S0 e K2 = S1 S0. Assim: J1 = S3 S0, K1 = S0, J0 = 1, K0 = 1. 6-) Circuito para o contador síncrono de década Com o uso de dois blocos E de duas entradas e um de três entradas, é possível aplicar os valores nas entradas dos flip-flops de acordo com os resultados do tópico anterior. E o circuito básico do contador é dado na Figura 6.1 abaixo. Procedimento similar pode ser usado para contadores de outras seqüências e contadores que operam de forma crescente ou decrescente. Neste último caso, basta acrescentar na tabela uma variável de controle que seja, por exemplo, 0 para a parte crescente e 1 para a decrescente. Com 4 flip-flops, a simplificação é mais trabalhosa, pois, neste caso, os diagramas de Veitch-Karnaugh serão de 5 variáveis. 7-) Exemplo de circuito integrado A Figura 7.1 ao lado dá a identificação dos pinos do circuito integrado 74F162A da Fairchild Semiconductor. Q3 Q2 Q1 Q0 são as saídas, equivalentes a S3 S2 S1 S0 do circuito da Fig 6.1. TC (terminal count) indica o fim da contagem e é usado para implementar contadores em vários estágios (exemplo: unidades, dezenas, centenas). CP é a entrada dos pulsos a contar (clock).
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Eletrônica digital IB Circuito decodificador para display de sete segmentos. 1--) Blocos lógicos elementares A tabela abaixo dá o resumo dos blocos elementares para fins de consulta.
A função NÃO antes ou depois de outro bloco lógico é representada por um pequeno círculo junto da entrada ou saída. Veja as linhas seguintes. A função OU exclusivo é considerada elementar embora seja, em circuitos práticos, implementada com o uso das anteriores. 2--) Display de 7 segmentos O display de 7 segmentos é um dispositivo bastante usado para indicação de valores numéricos.
Neste circuito, ABCD são as quatro entradas binárias e abcdefg são as saídas para os sete segmentos do display. A tabela de verdade é dada ao lado. 3--) Diagrama de Veitch Karnaugh para o decodificador do display Na página anterior, foram dados exemplos de diagramas de Veitch Karnaugh para circuitos com várias entradas e uma saída. Neste caso são sete, mas, desde que são eletricamente independentes, considera-se que cada saída é um circuito e pode ser elaborado um diagrama para cada.
4--) Circuito do decodificador para o display Na Fig 3 abaixo, os circuitos para os segmentos conforme diagrama anterior. 5--) Exemplo de circuito integrado
É evidente que, com os integrados disponíveis, dificilmente alguém irá montar o circuito anterior. Isso serve apenas para mostrar como funciona. A Fig 4 dá o diagrama de pinos do decodificador para display CD4511BC da Fairchild Semiconductor. A adição de interfaces analógicas nas saídas (transistores de potência e/ou outros) permite controlar displays de grande porte, como os construídos com lâmpadas fluorescentes e outras. |
Eletrônica digital IIA Contadores assíncronos Esta página é continuação da anterior (exemplos de aplicações de flip-flops). 1-) Blocos lógicos elementares A tabela abaixo dá o resumo dos blocos elementares para fins de consulta.
A função NÃO antes ou depois de outro bloco lógico é representada por um pequeno círculo junto da entrada ou saída. Veja as linhas seguintes. A função OU exclusivo é considerada elementar embora seja, em circuitos práticos, implementada com o uso das anteriores. 2-) Contadores assíncronos Contadores são dispositivos de múltiplas e importantes aplicações e, na Eletrônica Digital, são facilmente implementados com flip-flops. 3-) Contador assíncrono básico A Figura 3.1 dá o esquema: são usados 4 flip-flops tipo mestre-escravo ligados em cascata, com a saída Q de cada ligada à entrada de clock do seguinte. Supondo que inicialmente todos os flip-flops estão no nível 0, o comportamento pode ser visto pelos gráficos da Figura 3.2. Na Tabela 3.1 os valores da coluna E são apenas números seqüenciais dos pulsos de entrada e as demais colunas contêm os níveis lógicos das saídas de acordo com os gráficos anteriores, considerando S3 o dígito mais significativo.
4-) Contador assíncrono de década O circuito do tópico anterior conta seqüências de 16 pulsos e não é difícil concluir que esse número é resultado de 2n, onde n é o número de flip-flops (4 no caso). Entretanto, em muitos casos, é necessário que a contagem seja feita em seqüências de 10 pulsos (ou décadas), a base usual de numeração. Desde que 10 não é potência inteira de 2, pode ser usado o artifício indicado na Figura 4.1: uma porta NAND com a saída conectada nas entradas CLEAR dos flip-flops. 5-) Contadores assíncronos decrescentes Os circuitos vistos até aqui contam de forma crescente. Algumas aplicações exigem forma contrária, isto é, decrescente. Assim, um meio de se obter contagem decrescente é simplesmente considerar, no circuito da Figura 3.1, as saídas S0 a S3 como as saídas Q dos respectivos flip-flops, conservando as ligações entre Q e CK dos flip-flops adjacentes. Havendo necessidade de contagem crescente ou decrescente, pode ser usado um arranjo conforme circuito da Figura 5.2. 6-) Exemplo de circuito integrado A Figura 6.1 dá o diagrama lógico do CI 74HC/HCT93 da Philips. É um integrado de 14 pinos numerados conforme figura (os pinos não indicados não são usados). Se usada a entrada CP1, o circuito funciona como um contador de 3 bits, com saídas Q1, Q2 e Q3.
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Eletrônica digital II Uma introdução aos flip-flops, os blocos básicos dos circuitos lógicos seqüenciais. 1-) Blocos lógicos elementares A tabela abaixo dá o resumo dos blocos elementares para fins de consulta.
A função NÃO antes ou depois de outro bloco lógico é representada por um pequeno círculo junto da entrada ou saída. Veja as linhas seguintes. A função OU exclusivo é considerada elementar embora seja, em circuitos práticos, implementada com o uso das anteriores. 2-) Lógica combinatória e lógica seqüencial Obs: em algumas publicações, é usado o termo "combinacional" no lugar de combinatório. O autor do website não o encontrou nos dicionários que dispõe e, portanto, prefere não usar. O exemplo da Fig 1 é um circuito lógico combinatório porque o valor da saída depende apenas da combinação de valores das entradas. Como igualdade booleana é dado por: Por exemplo: se, no circuito acima, a combinação das entradas ABCD for 1100, a saída será sempre 0. 3-) Lógica seqüencial: o bloco elementar O bloco elementar da lógica seqüencial é conhecido pelo seu nome em inglês, flip-flop. Por definição, um flip-flop é um bloco que, conforme Fig 2, contém: Obs: as entradas de controle, pré-ajuste e apagamento serão, a partir de agora, mencionadas pelo seus nomes em inglês por ser prática usual na área.
No arranjo da Fig 3, duas portas NÃO E são interligadas por uma realimentação recíproca. Fica evidente que a realimentação fará o valor da saída depender dos valores das entradas e do valor que tinha antes da aplicação dos valores das entradas. A análise começa pela suposição que, no momento da aplicação dos valores das entradas, os valores Qa e Qa estão presentes nas saídas. E, portanto, a tabela de verdade para o flip-flop assim construído será conforme abaixo.
5-) Adicionando as entradas de clock, preset e clear Circuitos seqüenciais recebem em geral informações que mudam com o tempo. Portanto, é conveniente uma forma de controlar o recebimento destas. Na Fig 4, duas portas E foram colocadas nas entradas do flip-flop do circuito anterior. Se a entrada de clock for 0, temos sempre g=0 e h=0, independente dos valores de S e R. Esta condição equivale aos casos 1 e 2 anteriores e as saídas permanecem nos seus valores prévios. Na Fig 4A foram adicionadas as entradas preset (PR) e clear (CL). 6-) O flip-flop JK Um circuito com um estado impossível não terá certamente aplicação prática. Para contornar a situação, o tipo JK é o circuito anterior com portas E de 3 entradas conforme Fig 5, isto é, com retorno das saídas para a terceira entrada. Notar que na primeira e sexta linhas as saídas são, conforme tabela do RS, os seus valores anteriores. E a tabela de verdade será:
O resultado da tabela de verdade mostra que o flip-flop JK eliminou o problema do estado impossível da configuração simples RS. Isto pode representar um inconveniente e o ideal seria um controle mais preciso como, por exemplo, no ponto A, transição do nível 1 para 0. E a solução para isto é dada pelo flip-flop mestre-escravo, objeto do próximo item. A Figura 7 dá o arranjo básico. Na realidade, são dois flip-flops em cascata, o escravo segue o mestre. E a tabela de verdade é a mesma do tipo anterior, considerando que as mudanças só ocorrem nas transições de 1 para 0 do clock.
8-) Variações de flip-flops
Um flip-flop tipo T é um JK com as entradas interligadas e, portanto, seus valores só podem ser iguais. Tabela da verdade:
Um flip-flop tipo D é um JK com uma porta NÃO entre as entradas e, portanto, seus valores só podem ser opostos. Tabela da verdade:
9-) Aplicações de flip-flops As características de manter e interagir com os valores anteriores e do controle pelo clock dão aos flip-flops recursos não disponíveis em circuitos simplesmente combinatórios. Informações podem ser armazenadas, ou melhor, memorizadas e recuperadas no instante adequado. O flip-flop é o bloco básico para operações lógicas avançadas. 10) Registradores de deslocamento Seja o circuito da Fig 10 com 4 flip-flops mestres-escravos ligados em cascata e com clock comum. Nessas condições, conforme tabela de verdade, os valores das saídas não dependem dos estados anteriores, mas apenas dos valores nas entradas na transição do clock de 1 para 0. Observar que, a cada pulso de clock, a informação se desloca da esquerda para a direita, razão do nome registrador de deslocamento.
11) Conversor paralelo/série Um arranjo similar ao registrador de deslocamento pode proporcionar a operação inversa, isto é, a conversão de uma informação paralela em serial. O esquema é dado na Fig 12, com o uso de flip-flops com entradas preset e clear. Na situação inicial, clear = 1 e habilitar = 0. Para iniciar o processo, dá-se um pulso 0 em clear (zerando todos os flip-flops) e depois um pulso 1 em habilitar. o respectivo PR será 0, o que faz a saída do flip-flop 1. Assim, essa operação transfere os dados das entradas paralelas para os respectivos flip-flops. De forma similar ao item anterior, os pulsos de clock deslocam a informação para a direita e a forma serial estará presente na saída S. |
Eletrônica digital IA Nesta página é apresentado o diagrama de Veitch Karnaugh, um método bastante útil para a simplificação de circuitos lógicos combinatórios. 1-) Blocos lógicos elementares Abaixo tabelas para consulta.
Alguns blocos lógicos aqui citados são formados por combinações de blocos elementares, mas são assim considerados pela importância de suas funções nos circuitos. 2-) Determinando circuitos a partir da tabela de verdade Em geral, a primeira coisa que se faz no desenvolvimento de circuitos é determinar o que ele deve fazer. Para circuitos lógicos, a tabela de verdade indica isso.
Em primeiro lugar, consideram-se somente as combinações de saída não zero. Elas são as combinações 0, 2, 4, 5 e 6 (destacadas com azul na tabela). Conforme já dito, este método não é dos mais eficientes. Os circuitos são grandes demais e podem ser mais simples, simplificação esta que é objeto dos próximos tópicos. 3-) Diagramas de Veitch Karnaugh O método de Veitch Karnaugh consiste em representar graficamente os valores das variáveis de entrada e, na sobreposição dos mesmos, os correspondentes valores da saída.
Na Figura 3.1, os quadrados acima da linha horizontal representam A=0 e abaixo, A=1. Os quadrados à esquerda da linha vertical indicam B=0 e à direita, B=1.
São portanto dois pares possíveis: vermelho (equivalente a A) e verde (equivalente a B). E a saída é uma função OU dos pares: E se alguma saída 1 não puder ser agrupada em pares? 4-) Diagrama de Veitch Karnaugh para 3 variáveis A tabela de verdade abaixo é a mesma usada no tópico 2 desta página.
Cabe ressaltar que a quadra é formada com elementos não adjacentes porque eles estão na borda (ou seja, nesta situação, são considerados adjacentes). A mesma regra vale para pares. Notar que os diagramas de Veitch Karnaugh podem ser usados também para simplificar expressões booleanas. Pelo circuito da Figura 2.1 (tópico 2), a saída é equivalente a 5-) Diagrama de Veitch Karnaugh para 4 variáveis A tabela de verdade ao lado corresponde a um circuito com 4 variáveis de entrada.
Conforme dito no tópico anterior, elementos nas bordas podem formar grupos. Isso deve ser sempre verificado, pois uma única omissão invalida o resultado. E o resultado do diagrama para a tabela deste tópico está na Figura 5.2. |
Eletrônica digital I Esta página apresenta os fundamentos principais para a compreensão da Eletrônica Digital, isto é, sistemas de numeração e blocos lógicos elementares. Número, coisa banal que usamos sempre. Mas se alguém pergunta: o que é número? Bem, pode ser dito que é um símbolo que representa uma coleção de objetos iguais.
Mas podemos ter sistemas de qualquer base, desde que maior que 1. 2-) Convenções e conversões Conforme já visto, para evitar uma proliferação de símbolos de difícil memorização, sistemas de outras bases usam os mesmos dígitos do decimal e é necessária alguma indicação para evitar confusão (por exemplo 11 decimal é diferente de 11 octal).
Assim, não será usado zero à esquerda, que numericamente não tem sentido, a não ser para indicar base octal. Mas não poderá haver confusão entre o decimal e o binário? (por exemplo: 11 decimal é bem diferente de 11 binário). É evidente que sim. Entretanto, na prática, valores não são expressos em binário. Simplesmente, porque são muito extensos (se 16 em binário é 10000 imagine, por exemplo, 250000!). Assim, nesta página, os valores em binário serão explicitamente informados.
3-) Uma introdução à eletrônica digital O processamento de informações em escala ampla por circuitos eletrônicos só é possível na prática se elas estiverem na forma de números binários. 3-) Informações binárias e processamento Na Eletrônica Digital, o conceito de número binário conforme primeiro tópico é ampliado para informação binária. Ou seja, o conjunto de 0s e 1s não é necessariamente um número. Pode representar uma instrução, um caractere ou qualquer outra informação. Isto só dependerá do projeto do circuito e das instruções que lhe forem dadas. 4-) Blocos lógicos e funções lógicas A figura 4.1 representa um bloco lógico (ou porta lógica) genérico, ou seja, um circuito simbolizado pelo quadrado, com uma ou mais entradas lógicas A, B, etc e uma ou mais saídas lógicas S1, S2, etc. As entradas e saídas lógicas só assumem valores correspondentes aos níveis lógicos 0 e 1. Em termos absolutos, considerando o escopo desta matéria, não interessa saber quais os valores de tensões e correntes, pois isso depende do projeto do circuito. Assim, dizemos que entradas e saídas só podem ser 0 ou 1. Abaixo, exemplo de uma tabela de verdade hipotética para um circuito com duas entradas, A e B, e uma saída S. Notar que o número de linhas (sem contar o cabeçalho) da tabela de verdade depende do número de entradas pois todas as combinações devem ser consideradas. No exemplo dado, com duas entradas, 22 = 4. Assim, no caso de 3, haveria 23 = 8 linhas.
Desde que o foco da matéria desta página é a parte lógica, elas não serão exibidas nos demais circuitos, exceto em casos especiais. 5-) A função E (AND) É definida como a função lógica de duas ou mais entradas e uma saída, tal que o valor da saída é 1 se todas as entradas são 1 e 0 nos demais casos. A Tabela 5.1 ao lado é a tabela de verdade para a função E com duas variáveis de entrada.
A Figura 5.2 dá o símbolo usual para a função, com duas variáveis de entrada. A expressão conforme álgebra de Boole (ou expressão booleana) é dada por: 6-) A função OU (OR) É definida como a função lógica de duas ou mais entradas e uma saída, tal que o valor da saída é 1 se pelo menos uma entrada é 1 e 0 se todas as entradas são 0. A Tabela 6.1 ao lado é a tabela de verdade para a função OU com duas variáveis de entrada.
A expressão conforme álgebra de Boole (ou expressão booleana) é dada por: 7-) A função NÃO (NOT) É definida como a função lógica de uma entrada e uma saída tal que a saída é 1 se a entrada é 0 e 0 se a entrada é 1. A Tabela 7.1 ao lado é a tabela de verdade para a função NÃO.
A expressão conforme álgebra de Boole (ou expressão booleana) é dada por: 8-) A função OU EXCLUSIVO É definida como a função lógica de duas ou mais entradas e uma saída, tal que o valor da saída é 1 se as entradas são diferentes e 0 se as entradas são iguais.
A Figura 8.1 dá o símbolo usual para a função, com duas variáveis de entrada. A expressão conforme álgebra de Boole (ou expressão booleana) é dada por: 9-) Funções derivadas Aqui são dadas duas funções derivadas de uso bastante comum, formadas pela combinação das funções E e OU com a função NÃO. As tabelas de verdade são facilmente dedutíveis. Função NÃO E (NAND): Função NÃO OU (NOR): 10) Alguns fundamentos da álgebra de Boole Também chamada de álgebra Booleana, é um conjunto de propriedades, teoremas, etc que permitem operações com expressões lógicas, de forma semelhante às operações aritméticas.
11) Blocos com mais de duas entradas O bloco NÃO, por sua natureza, só admite uma entrada e uma saída. Os blocos E e OU (e seus derivados) podem ter qualquer número (³ 2) de entradas. Ou seja, o limite é apenas prático. Nas figuras abaixo, exemplo de bloco E de 4 entradas (com uma inversora em B) e NÃO OU, também de 4 entradas. Para o bloco da Figura 11.1: Para o bloco da Figura 11.2: |
Elaboração de Circuitos Impressos
A elaboração de um projeto eletrônica bem construído passa obrigatoriamente pela montagem final dos componentes numa placa de circuito impresso. A montagem dos circuitos em placas de inserção rápida deverá apenas ser utilizada numa fase inicial de um projeto porque permite a sua experimentação, teste e possíveis alterações com muita facilidade. Mas para um acabamento profissional, de qualidade e segurança e também de agradável efeito estético, é essencial a projeção de uma placa de circuito impresso bem dimensionada e adequada ao circuito a elaborar. Não será necessário enumerar todas as vantagens deste processo porque é evidente que se trata de uma fase indispensável na realização de um circuito eletrônico de boa qualidade. Será mostrado aqui o processo mais usual para o fabrico destas placas, embora existam muitas técnicas, umas mais acessíveis que outras, mas este é um processo intermédio que produz resultados de superior qualidade e é relativamente simples de executar. Utiliza placa fotosensibilizada, que é submetida a uma operação semelhante ao processo fotográfico de impressão. Já existem placas no mercado pré-sensibilizadas (película sensibilizada positiva) que vêm protegidas da luz com um cartão ou autocolante escuro. Para quem não quer usar estas placas pré-sensibilizadas, existe a possibilidade mais comum de usar um spray que é aplicado na placa. Para usar corretamente esta técnica é absolutamente necessário obedecer a determinadas regras fundamentais: - Limpar muito bem a placa do lado do cobre com um produto que elimine toda a sujidade e acima de tudo as gorduras. Poderão ser usados alguns produtos ligeiramente abrasivos e até usado um qualquer tipo de esfregão tipo palha-de-aço fino, para limpar completamente toda a sujidade e gorduras existentes. Depois disso, secar a placa tendo o cuidado de não lhe tocar com os dedos (do lado do cobre obviamente), nem deixar apanhar pó. O ideal será secar a placa com um secador. - Depois da placa limpa e seca, será aplicado o spray. Deverá ser aplicado numa zona livre de poeiras, sem correntes de ar que possam arrastar sujidade (mesmo que muito pequena). Deve aplicar-se uma camada de produto completamente uniforme, sem manchas, falta ou excessos. Basta uma película relativamente fina. Este passo poderá ser complicado de executar corretamente no inicio, mas com as tentativas o utilizador entenderá a quantidade certa e modo de aplicação. Tudo isto é importante pois se a camada for muito espessa será muito difícil a revelação da placa no processo fotográfico, e se for muito fina, poderá ser insuficiente e todo o trabalho ficará destruído. - Quando a placa tiver sido sensibilizada com o spray, deverá ser imediatamente protegida de qualquer luz, pois isso implicava a destruição da película foto-sensibilizada. Deverá ter o cuidado para guardar a placa num local sem nenhum pó (que se iria colar á placa, estragando dessa forma a película), escuro e seco. É indispensável deixar secar bem o spray o que demora aproximadamente 24h para que fique bem seco. Existe a hipótese de usar um forno para a secagem rápida da placa, mas deverá ser um modelo apropriado para esse efeito o que não é muito fácil de adquirir. Poderá fazer algumas experiências com um forno normal, que possua regulação de temperatura e de preferência elétrico. Após todos estes processos de preparação da placa podemos partir para a fase seguinte. Para passar o desenho do circuito (pistas) para a placa é utilizado o processo fotográfico de transferência. Antes de mais, convém referir que o desenho das pistas deverá obedecer a algumas regras básicas como uma boa definição dos traços. Será muito útil o uso de um software de desenho de pcb, que permite fazer trabalhos perfeitos e estão preparados para usar todas as medidas carretas e tem a possibilidade de fazer uma impressão impecável aumentando assim a possibilidade de um trabalho perfeito. A impressão terá de ter um traço bem opaco de forma deixar passa a mínima quantidade possível de luz (através desses mesmo traços). Deverá imprimir em papel especial transparente. Se isso não for possível, poderá imprimir em papel normal, e posteriormente fazer uma fotocópia em papel transparente. Este técnica é especialmente útil quando se pretende utilizar um circuito publicado numa revista ou algum documento do gênero. Um pequeno conselho: Se a cópia em transparência não ficar suficientemente opaca, poderá usar duas cópias juntas e bem certas de forma a intensificar a opacidade do desenho. Depois do desenho pronto, pode-se passar para a fase de isolamento que consiste na exposição da placa a uma luz especial ultravioleta (ou normal de grande potência, mas com resultados poucas vezes satisfatórios). - Os positivos são colocados sobre a parte sensibilizada da placa, tendo em atenção qual o lado do desenho a aplicar. Este detalhe é fundamental, e para não existir qualquer dúvida o utilizador deverá confirmar a colocação do positivo (transparência) com o esquema e diagrama de componentes. Será muito útil a utilização de um desenho com a colocação dos componentes na placa, pois isso facilitará a compreensão deste processo e para além disso, será muito eficaz na montagem dos componentes na placa quando da fase de soldadura. Deverá ser utilizada uma lâmpada de ultravioletas, situada a uma distância da placa de aproximadamente 20cm com uma lâmpada de 125W (pode variar consoante a potência da lâmpada). O tempo de exposição é de 3min aproximadamente, tendo o cuidado de deixar a lâmpada atingir previamente a sua intensidade normal, o que demora cerca de 5min, e só depois colocar a placa em exposição. É aconselhável o uso de um vidro aplicado em cima do positivo, de forma a eliminar qualquer separação entre este e a placa o que permitiria a entrada da luz por debaixo das pistas e destruiria completamente o trabalho. |