Eletroncom Blog Tutoriais Sobre Eletrônica
« August 2009 »
S M T W T F S
1
2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15
16 17 18 19 20 21 22
23 24 25 26 27 28 29
30 31
You are not logged in. Log in
Entries by Topic
All topics  «
Blog Tools
Edit your Blog
Build a Blog
RSS Feed
View Profile
Tuesday, 11 August 2009
Eletrônica Digital Parte III(continuação).

ELETRÔNICA DIGITAL IIIA

 

Eletrônica digital IIIA - Conversor analógico digital

Conforme dito na página anterior, a conversão e uma grandeza analógica em digital é mais complexa do que o procedimento inverso. Nesta página são descritos alguns tipos de conversores. Certamente não são todos os possíveis e outros poderão ser incluídos em futuras atualizações.

1-) Blocos lógicos elementares  

Abaixo tabelas para consulta:

Nome port/(ingl)Símbolo usualNotação algébricaTabela de verdade
E
(AND)
S = A . B
ABS
000
010
100
111
OU
(OR)
S = A + B
ABS
000
011
101
111
NÃO
(NOT)
S = A
A S
0 1
1 0
OU exclusivo
(XOR)
S = A Å B
ABS
000
011
101
110
NÃO OU
(NOR)
S = (A + B)
ABS
001
010
100
110
FLIP-FLOP JKNão há
JKQ
00Qa
010
101
11Qa
FLIP-FLOP DNão há
D Q
0 0
1 1
FLIP-FLOP TNão há
T Q
0 Qa
1 Qa
NÃO E
(NAND)

S = (A . B)
ABS
001
011
101
110

2-) Conversor tipo paralelo  

É provavelmente a forma mais simples e direta de conversão. A Figura 2.1 dá o diagrama básico para saída em três dígitos binários.

Uma tensão de referência (4,8 V no exemplo) é aplicada na série de divisores de tensão formados por R1 a R7, de idênticos valores (R).

Os blocos C1 a C7 são comparadores: se o sinal em (+) for maior que em (-), a saída é 1 e nula nos demais casos.

Suponhamos, por exemplo, que 2 volts são aplicados na entrada analógica: C1, C2 e C3 terão saída 1 e C4, C5, C6 e C7 terão saída 0. Ou, de baixo para cima, 0001111.

X1 a X7 são blocos tipo OU EXCLUSIVO, ou seja, a saída é nula se as entradas são iguais e 1 se as entradas são diferentes.

Considerando a entrada anterior (C1 a C7 = 0001111), temos as saídas X1 a X7 = 0010000. Portanto, um nível de tensão na entrada analógica é convertido em uma única saída 1 nos blocos X1 a X7. Se a entrada analógica é nula (ou melhor, menor que 0,6 V neste caso), todas as saídas X serão nulas e, portanto, as saídas digitais ABC também serão nulas (devido a esta situação particular, são usados 7 comparadores e 7 portas XOR e não 8).

Nos demais casos, apenas uma das saídas X têm valor 1, dependendo da faixa da tensão analógica de entrada. Para a transformação em uma seqüência de dígitos binários, os diodos nas saídas são suficientes, dispensando decodificadores mais elaborados. Os números binários nas saídas dos diodos indicam a situação quando a saída da respectiva porta X está em 1. Assim, tensões analógicas na entrada são convertidas em números binários de 3 dígitos.

É evidente que a conversão se dá de forma escalonada, isto é, tensões que variam dentro de valores consecutivos do divisor têm a mesma saída digital (exemplo: no circuito dado, uma tensão de 0,8 V tem a mesma saída digital de uma tensão de 1,1 V). Isso também ocorre com os outros tipos e o valor mínimo de variação que é perceptível pelo circuito é chamado resolução do mesmo.

É também fácil concluir que a resolução depende do número de dígitos binários (bits) da saída. No exemplo dado, de 3 bits, temos resolução = 1/23 = 0,125 ou 12,5%.

Este tipo de conversor é, conforme já mencionado, simples e eficiente. No caso de variações rápidas da tensão de entrada, a resposta depende somente das características dos circuitos comparadores e portas lógicas. Outro aspecto positivo: no exemplo dado, R0 a R7 têm o mesmo valor e, portanto, a saída varia linearmente com a entrada. O uso de valores adequadamente diferenciados permite conversões não lineares como, por exemplo, logarítmicas. Embora isto seja possível com outros tipos, o processo não é tão fácil quanto a simples seleção de valores de resistores.

Entretanto, o circuito apresenta uma limitação prática devido ao elevado número de componentes necessários. Pelo circuito dado, pode-se concluir que o número de resistores, comparadores e portas XOR (sem contar os diodos) é (2n - 1) para cada, onde n é o número de bits de saída. Considerando que o mínimo usual é 8 bits, esse número seria 255. Para 16 bits, 65535. Assim, outros tipos foram desenvolvidos para evitar essa limitação.

3-) Conversor tipo rampa digital  

Este conversor usa um artifício comum a vários outros tipos: conforme Figura 3.1, a saída de um contador (de 4 bits neste exemplo) é ligada na entrada de um conversor digital analógico.

Supomos de início que a entrada de clock do contador é continuamente alimentada com uma seqüência de pulsos. Nesta situação, a tensão Vcon na saída S do conversor varia entre 0 e um valor Vmax, que depende do contador e das características do conversor digital analógico. Um ciclo dessa variação pode ser visto no gráfico na parte inferior esquerda da figura.

Mas no circuito há um comparador e uma porta E na entrada de clock. Enquanto a tensão Vcon for menor que a da entrada analógica Ea, a saída do comparador é 1 e os pulsos de clock são dirigidos ao contador.

No momento em que Vcon se torna maior que Ea, a saída do comparador passa para 0, bloqueando os pulsos de clock e, portanto, a contagem. Desde que a saída do comparador também vai para a entrada de clock dos flip-flops (tipo mestre-escravo), o valor digital da saída do contador é armazenado nos mesmos (lembrar que flip-flops tipo mestre-escravo só permitem a mudança de estado na transição de 1 para 0 do clock). Portanto, a saída digital armazenada nos flip-flops tem relação linear com a entrada analógica Ea desde que, é claro, ela esteja dentro da faixa 0-Vmax.

O circuito básico apresentado não opera continuamente. A contagem pára após a primeira interrupção. O reinício é dado pela aplicação do nível 0 na entrada clear do contador, o que pode ser facilmente implementado de forma automática.

4-) Conversor tipo rastreamento

Usa o mesmo princípio básico do tipo anterior, mas o arranjo é mais elaborado, resultando em um circuito mais simples.

Os pulsos de clock alimentam continuamente a entrada do contador, o qual dispõe de uma entrada digital que comuta, de acordo com o nível lógico, o sentido da contagem (crescente ou decrescente), conforme já visto nas páginas correspondentes (Eletrônica Digital IIA e Eletrônica Digital IIB).

Enquanto a entrada analógica Ea é maior que Vcon, a saída do comparador é 1 e o contador opera de modo crescente. Quando Vcon se torna maior que Ea, a saída do comparador vai para 0 e o contador opera de forma decrescente. Isto leva Vcon para um valor imediatamente abaixo de Ea, invertendo o processo. Assim, considerando Ea constante, o contador opera continuamente entre dois valores próximos de Ea, não havendo necessidade dos flip-flops de armazenamento. Se o valor de Ea muda, o patamar de operação também muda.


Posted by Edimcom at 8:55 PM BRST
Post Comment | Permalink

View Latest Entries