ANTENAS
Antenas: alguns tipos básicos Antenas são dispositivos passivos, que transmitem ou recebem radiações eletromagnéticas. Nesta página, algumas considerações básicas sobre este importante componente das telecomunicações. É um tipo básico de antena, formado por dois condutores retilíneos, cada um de comprimento de 1/4 do comprimento de onda da radiação a ser transmitida ou recebida (fig 1A). A figura 1B dá uma idéia da variação e tensão e corrente (em valores absolutos) ao longo do dipolo. No centro a corrente é máxima e a tensão é mínima. Isso permite deduzir que o dipolo é equivalente a um circuito ressonante RLC série (Fig 1C). Antena isotrópica Uma antena isotrópica pode ser considerada como um elemento puntiforme, cuja potência irradiada (ou recebida) é a mesma em todas as direções (Pi da figura 2 ao lado). As antenas reais não são isotrópicas, isto é, a potência irradiada (ou recebida) varia de acordo com a orientação (é claro que se considera o aspecto tridimensional, isto é, no espaço. Algumas antenas práticas irradiam de forma aproximadamente uniforme em um determinado plano).
Ganho de uma antena O conceito de ganho de uma antena deve ser entendido de forma diferente do de um amplificador. Antenas são elementos passivos, não amplificam sinais. O ganho de uma antena expressa a relação com uma antena de referência. Veja exemplo a seguir. A figura 3 dá a curva aproximada da potência irradiada por um dipolo de meia onda. Um vetor traçado do centro do dipolo até um ponto qualquer da curva representa a potência irradiada na direção do vetor. Assim, a potência máxima irradiada é dada pelo vetor P (ou o oposto de 180°, na outra parte da curva). Considere agora uma antena isotrópica conforme item anterior, na mesma posição do dipolo e alimentada com a mesma potência da linha de transmissão. Ela irradia uma potência máxima Pi, que é a mesma para todas as direções. Então, o ganho do dipolo de meia onda tendo como referência a antena isotrópica é dado pela relação ente essas potências, expressa em decibéis. Portanto, ganho = 10 log (P/Pi). E o valor encontrado é simbolizado por dBi, para indicar a antena isotrópica como referência (para mais informações sobre decibéis, ver a página Sons e decibéis neste site). Uma antena isotrópica tem ganho de 0 dBi. Polaridade da radiação O ângulo que a antena faz com o plano horizontal determina a orientação dos campos elétrico e magnéticos irradiados, os quais são perpendiculares entre si. Para maior eficiência do conjunto transmissor e receptor, as antenas de ambos devem ter a mesma polarização. Antena de quarto de onda
É um arranjo bastante utilizado em comunicação móvel, pois oferece um padrão onidirecional no plano horizontal. Notar que as hastes que formam o plano terra podem ser dispensadas quando um já existe, como, por exemplo, o teto de um automóvel. Antena não múltipla de quarto de onda Se o comprimento do elemento excitador da antena não é múltiplo de 1/4 do comprimento de onda do sinal, ela não será ressonante, ou seja, não terá o melhor desempenho.
Dipolo fechado Conforme Fig 7, pode ser considerado como dois dipolos de meia onda em paralelo. Nesta situação, a impedância é multiplicada por 22 (4) e, portanto, Antena Yagi O nome se deve ao seu inventor, professor Hidetsugu Yagi que, junto com seu assistente Shintaro Uta, desenvolveu por volta de 1924 uma antena sensível e bastante direcional. É formada por um dipolo de meia onda como elemento excitador, um refletor e um ou mais diretores, conforme Fig 8. A impedância é baixa, em geral menor que 50 ohms. Para aumentá-la, muitas vezes é usado um dipolo fechado conforme item anterior. Dependendo do número de diretores, o ganho pode ser alto. Valores típicos vão de 7 a 15 dB. Embora possa ser usada para transmissão, não é adequada para altas potências devido ao efeito corona entre os elementos. Conforme dito no início desta página, por enquanto não cabem aqui considerações matemáticas mais profundas. Apenas para esclarecimento, o nome se deve à variação periódica de alguns parâmetros com o logaritmo da freqüência. Se, por exemplo, o receptor sintoniza um sinal de freqüência igual ou próxima à de ressonância do segundo dipolo (da esquerda para a direita), o primeiro atua como refletor e os outros como diretores. E de forma análoga para os demais dipolos. Pode-se assim dizer que o elemento excitador varia de acordo com a freqüência do sinal. Antena parabólica
Quando as freqüências chegam à faixa de microondas, isto é, com valores contados em gigahertz, o comportamento das antenas muda. As indutâncias e capacitâncias próprias dos condutores tornam-se significativas e, de forma simplificada, pode-se dizer que os sinais tendem mais a se refletirem nos condutores do que serem conduzidos pelos mesmos. Desde que as dimensões da corneta têm relação com o comprimento de onda, elas são pequenas e o ganho não é dos maiores. Para contornar isso, usa-se um refletor parabólico, conforme arranjo da Fig 12. O conjunto permite formar antenas com os maiores ganhos. Valores como 60 dB ou maiores são possíveis. Isso é fundamental para a recepção de sinais de satélites, uma vez que as limitações do artefato impedem a transmissão com potências altas. |